terça-feira, 28 de maio de 2013

Rumo ao Fitz Roy, ou não - parte 1

Hoje, dia 23 de maio, acordamos por volta das 9:00h, depois de um sono gostoso embalado por uma garrafa e meia de vinho argentino, um aquecedor potente, muitos cobertores (no caso da Célia) e o visual da neve que não parava de cair. A primeira providência do dia foi preparar o café da manhã. Pães torrados na frigideira, ovos "revoltos" e café de saquinho, tipo chá. Foi o melhor café que já tomamos? Não, mas, de longe, também não foi o pior. Já experimentamos muita água suja ou algo do tipo até mesmo no Brasil. Esse aqui é nota 7.




Pela janela, vimos que o boneco de neve tinha quase desaparecido, só sobrou a panela para fora. Mesmo assim, estava encoberta por uma grossa camada de gelo. Vocês verão nas fotos, mas calculamos que a neve tenha acumulado uns 50 centímetros durante a noite. Pela janela de trás, víamos um pai e seus dois filhos brincando de escorregar na neve.









Dá um pouco de desânimo sair de casa assim, mas o dia estava tão lindo, e nós tão perto do Fitz Roy, que não poderíamos ficar trancafiados na cabana. Decidimos, então, ir para a rua. Célia tinha botas de borracha próprias para neve, mas eu estava só com um tênis normal. Não dava para ir muito longe.
 










No caminho, algumas fotos da cidade - fantasma - agora nevada. Estava toda branca de neve. Parecia natal. rsrs








Resolvemos alugar ou comprar algum equipamento básico para nos deslocarmos. Isso já era meio dia e pouco. A primeira loja que procuramos estava fechada. Encontramos com duas moças que também buscavam equipamentos e elas nos disseram que tinha outra loja aberta, mas que era na outra ponta da cidade, ou seja, a 2km dali. Fui de tênis, lambuzando-o todo, assim como as barras da calça.







No caminho, ao olhar para o lado, avistei os picos do cordão do Fitz Roy. O tempo estava maravilhoso. Frio, é claro, mas com uma visibilidade incrível



Na loja, as opções eram muitas e a vendedora muito simpática. Compramos uma polaina e alugamos um tênis próprio para a neve. A ideia era fazer um pedacinho da trilha do Fitz Roy, que começa a 100 metros de casa. Então, voltamos para a cabana, pegamos o lanche preparado na véspera, colocamos as roupas necessárias e partimos. Na realidade, precisamos ficar na cabana mais uns 15 minutos para esperar a máquina fotográfica carregar um pouco, pois estava com o nível de bateria muito baixo. E lá fomos nós.


Realmente, a 100 metros de casa, uma placona indicava o início do sendero, caminhamos um pouco mas a situação não era muito confortável, não havia trilha demarcada por causa da quantidade de neve que caiu na véspera, somente até um abrigo que estava fechado. Passamos pela placa de entrada da trilha do Fitz Roy e, antes de continuar, é claro, uma foto.


Fomos até o refúgio e depois tentamos achar a trilha. Paramos na frente da placa onde há o mapa do caminho. Célia não queria continuar. Disse que não tínhamos condições, que era neve demais. Fiquei decepcionado, eu queria ir. Continuei uns 20 metros à frente e a neve chegou a bater na minha cintura. Vi que realmente não estava fácil e voltamos dali, um pouco frustrados. Ficamos sem saber o que faríamos, já que Fitz Roy não foi possível.






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