terça-feira, 7 de maio de 2013

Trem do presídio

Hoje, dia 6 de maio, apesar de termos combinado o café para as 9:00h e a saída com a van às 10:00h para visitarmos o Trem do Fim do Mundo e o Parque Nacional Tierra del Fuego, houve um equívoco nos horários. Javier nos serviu o café às 08:50h e disse que a van passaria para nos pegar às 09:20h. A correria começou.

Tomamos nosso café a jato. Tudo bem, pois íamos passear a vapor mesmo.

A van chegou e combinamos com o motorista o passeio. Ele poderia nos deixar em qualquer canto do parque para fazermos caminhadas e depois nos pegaria em um ponto combinado às 17:00h.

Chegamos à estação de trem e estava muito frio, com o vento muito forte, pois estávamos num local mais alto, próximo das montanhas nevadas. Compramos os tíquetes de ida e volta.Entramos na estação, que estava quentinha, tiramos algumas fotos e fomos para o embarque.






Os vagões do trem eram bem pequenos. Em cada um deles cabiam 12 pessoas. Dividimos uma das três partes do vagão com um casal de brasileiros (mineiros), que veio de ônibus desde o Brasil e levou 15 dias para chegar a Ushuaia. Eles estavam junto de uma turma de umas 30 pessoas.

O trem começou a andar. A velocidade era de uns 30 km/h, no máximo.

O mais interessante no passeio do trem é a história que é contada enquanto percorremos os 7km da estrada de ferro. Conta-se a história do presídio de Ushuaia, que foi construído para ocupar a região. Os presos eram forçados a trabalho pesado, cortando lenha, construindo o próprio presídio, a cidade, etc. Tudo era muito difícil pois o clima é inóspito. Fugir não era uma opção, aliás, o que tentou, morreu congelado, o chamado Pipo, que hoje tem seu nome homenageado em um dos rios daqui.

A narração era feita em espanhol e português, na verdade poderia ser em qualquer língua, eles escolhem de acordo com os visitantes.

Um problema grande que tivemos no trem, foi o bando de brasileiros mal educados, que não paravam de falar durante o trajeto, atrapalhando os que queriam escutar a história. Enfim, deixamos para lá e abstraímos dentro do possível.

O trem faz uma parada para contemplar a Cascata de la Macareña, que originalmente a água desta era utilizada para abastecer a máquina à vapor.








Para nossa surpresa, encontramos também o guarda, personagem dos desenhos do pica-pau.




As paisagens dos bosques, rios e montanhas com seus picos nevados sempre nos acompanhavam.





No final dos 7km, que levam 30 minutos para serem percorridos, todo o pessoal desce do trem e a maria fumaça troca de lado para fazer o caminho de volta.

Demos sorte pois os brasileiros desceram e não fizeram o caminho de volta conosco, vieram apenas algumas pessoas bem mais educadas. Conseguimos ouvir as histórias da fauna e flora locais e do maquinário do trem.







Uns flocos de neve ameaçaram cair, mas logo sumiram.

Chegamos de volta à estação e tiramos mais umas fotos da paisagem.


 

 Dentro da estação,. vimos algumas peças antigas e trem, maquinário, vestimentas dos presos, caps, etc. Havia também uma lojinha, onde Célia comprou um cinzeiro para nossa coleção.

Na porta da estação, algum maledeto abandonou uma cadela com seus três filhotinhos, eles estavam morrendo de frio. Compramos um chocolate quente e tínhamos algumas empanadas na mochila, dividimos com eles.



O pessoal da estação disse que já havia ligado para a proteção dos animais de Ushuaia para que eles recolhessem os pobrezinhos.

Ali ficamos esperando pela van que nos levaria ao Parque Nacional Tierra del Fuego.

Um comentário:

  1. É Ro, vc atrai animais em qualquer parte do mundo.É o seu destino, ou sua missão.Éles são bonitos mesmo eu ate ficaria com um para mim.O vosso passeio esta mesmo sendo legal, e muito bonito.....ja estou com inveja no bom sentido, rsrs.Palmer

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