terça-feira, 28 de maio de 2013

Rumo ao Fitz Roy - parte 2

Visto que o Fitz não quis nossa visita, decidimos vê-lo de longe. Sugeri para que fôssemos fazer pelo menos um pedaço da trilha Laguna Torre, pois poderia estar melhor e de lá poderíamos ver todo o cordão. Atravessamos uma boa parte da cidade até que avistamos uma placa indicando que o sendero começaria a 500 metros dali. Prosseguimos.




Andamos um pouco e chegamos ao pé de um pequeno morro, Pequeño pero no mucho!







Chegamos no início da trilha. Estudamos o mapa e decidimos ir somente até o primeiro mirante. A trilha toda dura 4 horas só de ida e já era 15:00h. Não teríamos tempo suficiente.




 Começamos a trilha com a neve nos joelhos. A paisagem linda, com morros e árvores nevados, o frio estava cortante. Andando na trilha até que esquenta um pouco, mas se parar...











Chegamos até outra placa de mapa da trilha. Confirmamos que iríamos somente até o primeiro mirante. Após uma meia hora de caminhada chegamos ao vale dos Huemules. Um cervo da Patagônia, conhecemos por viado, bambi. Não aguentei, Parei para uma foto.






Um toque de arte para embelezar o blog.




Continuamos a trilha e Célia ainda não tinha parado de reclamar do frio. Eu dizia: "se não gosta de frio porque veio para a Patagônia?" A emoção de se enfiar cada vez mais trilha adentro, era grande. A cidade ia ficando para trás, de um lado os morros nevados, do outro um vale com seu rio verde escorrendo para a cidade. Passávamos em meio a bosques nevados com árvores congeladas, aliás, tudo aqui está nevado. Parece cena de filme.






Decidimos parar um pouco e comer os lanchinhos que preparamos no dia anterior. Paramos em um pedaço da trilha bem no pé de uma subida. Havia até uma escadinha feita de troncos de madeira e uma corrente fixada na pedra como se fosse um corrimão. Célia de imediato já disse que não iria mais. Que iria comer o lanchinho e voltar. Eu via o pico do morro em que estávamos a poucos metros de subida, eu achava que dali daria para ver o Fitz Roy, pois até agora, na trilha, não o vimos.






Após terminarmos o lanchinho, tentei convencer Célia a continuar um pouco mais. Ela não quis. Eu disse a ela que me esperasse um pouquinho, que eu iria até um pouquinho mais só para ver se valeria a pena. Subi a escadinha segurando pela corrente, este ponto era mais complicado mesmo. Quando cheguei lá em cima, era o pico daquele morro, andando uns 20 metros a mais avistei o cordão do Fitz Roy.

Eu não poderia deixar Célia esperando e não ver esta belezura de paisagem. Voltei e disse a ela o que tinha lá em cima. Tentei convencê-la novamente, ela foi dura, mas cedeu. Fui ajudando ela a subir a escadinha, pegar na corrente para ajudar e conseguimos chegar lá em cima, depois de muito custo. Célia morria de medo. Ao chegar lá em cima, ela me agradeceu!





















Tiramos várias fotos, inclusive uma em que eu me afundo na neve de costas.





Pegamos a trilha de volta, curtindo o caminho.







Um cachorro nos acompanhou na trilha por alguns minutos. Tínhamos visto um xixi na trilha, era dele.

Avistamos a cidade de cima do primeiro morro que subimos. Tiramos mais fotos e descemos. Na descida eu ia explicando à Célia, técnicas de travamento dos pés na neve, para não escorregar. Não que eu seja um expert no assunto, era a primeira vez que eu via neve. Mas é fácil, é só colocar o pé fincado, com o canto da bota. Dava para descer correndo até.



Enfim, fomos para a cabana. Em uma saída à varanda para fumar, avistei a lua cheia despontando atrás do paredão, um morro de pedra que acompanha a cidade pelo seu lado direito.




 Jantamos purê com linguiça, muito boa por sinal, e salada de alface e tomate. Para acompanhar, 2 garrafas de vinho. E fomos dormir.

Amanhã tem mais.

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