Dia de Milodon em Puerto Natales

Hoje, 17 de maio, foi um dia de preguiça. Não do Milodon, o grande bicho preguiça da região, mas da preguiça humana mesmo. Acordamos tarde, bem tarde. Os ponteiros do relógio já estavam quase grudados um sobre o outro, às 12 horas. Tomamos café, só um café preto mesmo, e ficamos bundando no Sendero. Assim como aconteceu em Torres del Paine e na Costañera, tínhamos o espaço só pra gente. Essa é uma das vantagens de viajar na baixa temporada.

Ficamos um pouco em frente ao aquecedor de lenha, vendo as chamas das toras de madeira, fizemos palavras cruzadas, vimos um pouco de TV, voltamos a deitar e cochilar, Célia terminou de ler o livro que havia iniciado na véspera: "El inventor de Juegos". 

No início da noite, Juan veio até nós para papear um pouco. Disse que ia ao centro e nos deu uma carona - precisávamos comprar um despertador, pois pegaríamos ônibus no dia seguinte às 7h30, o que implicaria estar na rodoviária pelo menos às 7h15. Juan deixou táxi chamado para as 7 horas.

De volta ao centro da Puerto Natales, caminhamos um pouco, atrás do despertador e também de um adaptador para carregar a máquina fotográfica. A bateria se esgotou e é por isso que quase não temos fotos hoje.... Depois da tarefa cumprida, tínhamos endereço certo: Picadas de Carlitos. Gostamos do local, a comida é farta e bem saborosa. Pra que arriscar outro, não é?

Chegamos lá e estávamos um pouco em dúvida do que pedir. Não sabíamos se repetiríamos cardápios anteriores ou se experimentávamos um novo sabor. Decidimos, então, pela parrilhada. É um misto de carne (de vaca, porco, frango, cordeiro, linguiça, salsicha e entranhas, é, entranhas). Comecei tomando um chopp, que aqui é com S, shopp. Célia pediu um Emiliana tinto.

Depois de nos refastelarmos, voltamos em direção à casa. No meio do caminho, porém, alguns gritos nos chamaram atenção. É que a uma quadra do Sendero tinha um daqueles parques de diversão que andam de cidade em cidade. Não confiamos muito nos brinquedo, por isso não fomos em nenhum. Além disso, a parrilhada ainda não digerida recomendava cautela. Passeamos entre os brinquedos, vimos algumas pessoas se divertindo e resolvemos ir para casa de fato.

Chegamos lá, assistimos um pouco de TV, terminamos o vinho e arrumamos as coisas para a viagem de amanhã, que será bem "temprana". Juan voltou para se despedir. Com o enchufe certo em mãos, já tínhamos carregado um pouco a bateria e foi possível registrar o momento abaixo.

 
É isso, pessoal. Amanhã tem mais.