domingo, 19 de maio de 2013

Descruzando a fronteira, rumo a El Calafate

Hoje, dia 18 de maio, acordamos às 6:30h da matina. Tomamos um café preto arrumamos tudo  e ficamos esperando o táxi. Juan tinha nos dito na noite anterior que os táxis aqui são muito pontuais, e não esperam caso você não esteja pronto. 6:45 estávamos de olho na janela.

O táxi chegou pontualmente às 7:00h. Em 13 minutos estávamos na rodoviária. O ônibus já nos esperava. Alguns minutos depois o motorista começou a colocar as malas no compartimento de bagagens, as nossas foram as primeiras.

Entramos no ônibus e atravessamos a cidade, descruzamos a fronteira rumo a El Calafate.

A fronteira com a Argentina chegou rapidinho, nem deu tempo de cochilar.


Na fronteira, tudo tranquilo. Mais um carimbinho no passaporte. A coisa que eu gostei muito é o respeito que o pessoal da fronteira teve com o Comillo. Havia um quadro dele na parede, com a data de nascimento e a data da morte, ele viveu 18 anos. Incrível, parabéns pessoal.


De volta ao ônibus, íamos apreciando a vista. Estava muito frio e o busão não tinha calefação. Podíamos ver a neve acumulada na calçada. A primeira cidade por qual passamos foi Rio Túrvio, já na Argentina.

Conseguimos cochilar um pouco e por isso a viagem pareceu ser rápida. No total, durou 5 horas.

Chegamos a El Calafate, os pés estavam gelados. Aqui tem rodoviária. a primeira de verdade que vimos na Patagônia.






Logo de cara fui recepcionado por um amigão. Não sabemos o nome dele, mas é muito simpático. Ele dorme na rodoviária, entra e sai quando quer e o pessoal deixa, até gostam e o alimentam. Os motoristas de táxi o conhecem bem, ele ficou feliz quando um táxi chegou e seu chofer desceu do carro. Muito legal.


Dentro da rodoviária aproveitamos para ver as passagens que ainda precisaríamos até o final da aventura. Perguntamos preços em todas os guichês que estavam abertos e também nos informamos no balcão de informações turísticas, a respeito dos passeios em El Calafate

Conversamos com um casal que estava indo para El Calafate, a moça tinha esquecido seu gorro no ônibus. Ssegundo ela, um super gorro. Fiquei até com dó, o frio estava pegando, 1ºC.

Com as informações em mãos, decidimos ir para nossa cabana, deixar as malas e voltar para a cidade, comprar as passagens e comer algo. Estávamos com muita fome, pois não havíamos comido nada apostando que na fronteira conseguiríamos gastar os trocados chilenos que nos sobraram. Mas, ao contrário da anterior, nessa aduana não tinha lanchonete e nem uma daquelas maquininhas que a gente vê nesses locais. Para não dizer que não comemos nada, traçamos apenas 6 amêndoas cada um. Célia encontrou esse tesouro no fundo da sua mochila.

Chegamos ao hotel e nos surpreendemos. É muito bonito aqui, como casa de montanha, tudo arrumadinho e muito bem decorado. No hotel tem também um restaurante, o Quidu. Esperamos um pouco para o pessoal arranjar a cabana e lá fomos nós.

Ao ver nossa cabana, quase não acreditamos o quão legal é o lugar. Tem 2 camas na sala, tv, fogão, forno microondas, cofre, pia, todos os badulaques para cozinha, 1 aquecedor e uma vista maravilhosa para o Lago Argentino. No quarto, tem1 cama de casal com 2 criados mudos, 1 baú e 1 aquecedor, tudo muito bem decorado e aconchegante. Do lado de fora da cabana, um jardim com rosas maravilhosas, pinheiros, árvores e 1 banquinho de madeira com 1 cinzeiro na janela. Aí estava a área de fumantes. Adoramos tudo.













Após babarmos um pouco na nossa nova moradia temporária, conversamos com o proprietário e contratamos com ele mesmo o passeio chamado Todos los Glaciares. O passeio será feito amanhã, dia 19, às 7:30h da matina. O ônibus nos pegará no hotel. Aproveitamos também para contratar um lunch box, pois no passeio não há comida e ele dura quase o dia todo.

Descemos para a cidade para comer alguma coisa, conhecer o centro, tirar dinheiro e comprar as passagens que faltavam. Fomos beirando o Lago Argentino. Havia muitos patos e alguns flamingos no lago, muito bonito.













 A cidade é muito bonitinha e simpática, não pelos preços: é a cidade mais cara até agora.

Passamos por alguns bancos e tentamos sacar dinheiro nos caixas eletrônicos. Do mesmo modo que em Ushuaia, aqui também não conseguimos sacar din din. Nas lojas e comércios também não funciona débito, somente crédito. O problema é que tínhamos pouco dinheiro vivo e ainda temos que comprar as passagens, lembrancinhas para os parentes e os passeios que iremos fazer. Depois de tentar em 4 bancos diferentes (os 4 bancos da cidade) sem sucesso, decidimos ir a uma agência de viagens comprar as passagens de El Calafate a El Chaltén e vice versa.


Compramos as passagens e a moça da agência nos disse que fazia câmbio de dólares, reais, euro, etc. Decidimos ver a cotação em uma casa de câmbio e comer umas empanadas.

As empanadas estavam ótimas, mas eu prefiro as chilenas, pois são bem maiores. Os bancos e casas de câmbio estavam fechados, pois era sábado e já sabíamos que a cotação não era tão boa, então voltamos à agência e fizemos a troca de dinheiro. O câmbio ali era favorável. Tínhamos um pouco de dólares e decidimos fazer a troca. O suficiente para terminarmos a viagem sem dores de cabeça.

Com a bufunfa no bolso, voltamos à rodoviária para comprar as passagens de El Calafate a Ushuaia, pois assim teríamos todos os trechos necessários para terminar a viagem. Após isso, ficamos bem mais tranquilos.

Passeamos pela cidade e aproveitamos para comprar mais lembrancinhas. Compramos em reais, tudo em uma loja só e com um câmbio 2 vezes melhor que o câmbio oficial. O pessoal aqui está confiante no real - ou desconfiado demais sobre o futuro do peso argentino.


Além do tour que contratamos no hotel para todos os glaciares, faremos também um passeio no dia 20. Este passeio, de nome mini trecking, compramos em uma outra agência. Trata-se de um pequeno trecho de barco até um glaciar, depois saltaremos, calçaremos uns grampões nos pés e caminharemos uma hora e meia pelo gelo. Após isso, voltaremos para um refúgio onde lancharemos o que levarmos e depois caminharemos pela passarela do glaciar Perito Moreno. Também é um passeio que dura quase o dia todo. Pelas fotos parece ser muito legal. A ver.

Decidimos ir ao super mercado, comprar mantimentos para fazer 3 jantares e 1 lanche para o mini trecking. Achamos o velho e bom L.A - da rede La anonima - que fomos em Ushuaia.

Fizemos as compras e voltamos para nossa cabana. Célia fez um rango maravilhoso (ou a fome era muita). Um ravioli com molho vermelho e sardinhas e uma garrafa de vinho. Comemos bastante, atualizamos um pouco o blog e fomos dormir. Amanhã acordaremos às 6:30h de novo.





Até amanhã.





Um comentário:

  1. Eu sempre digo, quando eu crescer quero ser igual á Celinha,sempre sorrindo,e cozinhando bem, sem falar no tabainho....rsrs.Palmer

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